"De todos los éxitos pero también de toda las crisis que en estos momentos sacuden a nuestro planeta, esta surgiendo un mundo nuevo. Tenemos que preparar, tenemos que cosntruir juntos este mundo nuevo...Reconstruyamos juntos un capitalismo reglamentado que no esté en gran parte sometido al mero criterio de los operadores del mercado,..." (Discusso do Presidente Frances Nicolas Sarkozy na Assembléia Geral da ONU 23/09/2008"
Fonte:http://www.un.org/ga/63/generaldebate/pdf/france-fr.pdf
Acesso em 27/09/2008
... por Thiago Neves do Vale
Os Estados Unidos enfrentam uma das piores crises financeiras da sua história. Empresas que pareciam inabaláveis como AIG, Merrill Lynch e Lehman Brothers foram tragadas pela crise. Os mercados pedem socorro, e a ajuda é imediata.
“Logo após os mais recentes capítulos da crise financeira, os bancos centrais do mundo inteiro entraram em ação, injetando um grande volume de recursos nos mercados. O Fed iniciou a onda, colocando na praça cerca de 70 bilhões de dólares. Foi seguido pelo Banco Central Europeu (99 bilhões) e por seus pares asiáticos (17 bilhões de dólares)”.(Revista Exame ed 927 nº18 24/09/2008)
Essa ação, do grande império norte-americano, causa um certo desconforto nos defensores do Neoliberalismo. Será que esse sistema, surgido a partir do segundo choque do petróleo (1979-80), e que fez a economia global crescer por décadas, poderá ter um fim?
Lógico que para os defensores, isso jamais acontecerá. Mas devemos lembrar que é a partir do caos que as mudanças chegam, e mudam o cenário da política mundial e a forma dos mercados financeiros. A crise de 1929 estabeleceu mudanças profundas. O estabelecimento do “Estado de bem estar social”, foi uma saída encontrada no caos da década de 30.
Partindo dessa idéia, será agora o fim do Neoliberalismo?
Sinais do caos estão sendo apresentados todos os dias, em jornais e revistas do mundo inteiro. A presença do atual presidente dos Estados Unidos, George. W. Bush, em rede aberta de televisão, pedindo para o congresso agir e aprovar o pacote de 700 Bilhões de dólares, para salvar o mercado financeiro e evitar a quebradeira dos bancos, mostra claramente à atuação da política na economia. Justamente o oposto da ideologia neoliberal que estabelece a diminuição do Estado.
“O governo não é a parte da solução. O governo é o problema”, dizia Ronald Reagan, presidente de 1981 a 1989, figura emblemática dessa política junto com Margaret Thatcher, a Dama de ferro, primeira ministra de 1979 a 1990, que combateu os sindicatos e ampliou as privatizações na Inglaterra. O neoliberalismo também produziu seus contrastes, e seus dias poderão estar contados. Se o pacote for aprovado, será apenas um adiamento do caos. Devemos lembrar que a história sempre nos mostrou que é do estado de calamidade, que o mundo sofre suas mudanças.